Ego

No meio do caminho tinha uma pedra... tinha uma pedra no meio do caminho da Ascensão.
Afinal, o que está acontecendo com o mundo físico à nossa volta, onde as coisas parecem não funcionar mais como o esperado?
Está acontecendo exatamente isto – não funcionam mais como o esperado...
O mundo físico, de fato, não segue mais quaisquer de nossas expectativas...
Se dizemos alguma coisa, parece que acontece outra. Se não dizemos, também. Se consideramos que uma situação tenha um desfecho A, parece que ela se completa pelo lado B. Não importa o planejado.
Mas, sobretudo, as relações interpessoais têm falhado no quesito comunicabilidade. Uma verdadeira torre de babel.
O que está acontecendo?
Do que pude compreender até o momento, as coisas não funcionam mais como o esperado pelo ego. E o mundo físico não segue mais quaisquer de nossas expectativas tridimensionais.
Quanto mais a Rede Magnética se ajusta, mais recebemos o influxo de poderosas energias amorosas, vindas de dimensões sutis. Mas, estas energias não respondem ao ego. Por isso, são um convite sonoro – e cada vez mais audível – para liberar, liberar e liberar todos os registros egoicos.
O ego é um voluntarioso instrumento da consciência tridimensional. O que estamos aprendendo em nível particular e coletivo é a habilidade para utilizar novos atributos de uma consciência expandida. Aquilo que podemos chamar de ferramentas da Nova Energia. E, se o ego é instrumento tridimensional, estas ferramentas não se comunicam com ele, já que são outra forma de expressão.
A expansão da consciência é o desfecho do processo de Ascensão, que tem início no despertar espiritual. E o ego é a pedra no meio do caminho desta Ascensão. Por isso, a liberação do ego é passagem obrigatória para aqueles que buscam ascender em consciência. Por que? Simplesmente porque o ego, que é nosso consolo, é também prisão. Ele nos aprisiona indefinidamente ao bate e volta; ao eco da dualidade e nos ilude com a imagem de um falso amor. Não é a troco de nada que, na mitologia grega, Eco é a contraparte de Narciso. Aquela que ecoa infinitamente, clamando por alguém que só responde à própria imagem.
E justo porque é prisão mas, também, consolo, a liberação do ego é um dos pontos mais dolorosos (senão o mais doloroso) do processo de Ascensão. Em virtude disto, temos muitas vidas para exercitar tal transposição.
Mas, é bom lembrar que o carma responde ao ego. Então, se temos neste momento sem precedentes na vida tridimensional, a possibilidade de superar o ciclo cármico – esta possibilidade convida à liberação do ego.
Onde o carma se completa, tem início o serviço.
Fica cada vez mais fácil compreender quem é servido pelo ego e quem é aprendiz a serviço da Fonte. Uma clarividência que começa em nós mesmos, por um auto-exame.